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Ansiedade no Dia a Dia. Você não está exagerando!

  • Foto do escritor: Esttela Oliveira
    Esttela Oliveira
  • 10 de jun
  • 2 min de leitura

Atualizado: 11 de jun

Ansiedade não é frescura, não é falta de controle, muito menos sinal de fraqueza. É uma resposta emocional real, que pode surgir nas situações mais simples do cotidiano: uma mensagem não respondida, uma reunião marcada, uma decisão a tomar. E quando ela chega, muitas vezes vem acompanhada de culpa por estar sentindo "demais".


Se isso soa familiar, saiba que o que você sente é legítimo, e pode ser compreendido com mais acolhimento e menos julgamento. A ansiedade tem nome, tem causa… e tem caminho.


A ansiedade é uma reação natural do corpo frente a situações que percebemos como ameaçadoras, mesmo que, racionalmente, elas não sejam. Nosso cérebro entra em modo de alerta, liberando uma série de sinais físicos e mentais: coração acelerado, pensamento acelerado, inquietação, medo, antecipação do pior.


Essas respostas muitas vezes são aprendidas e reforçadas ao longo da vida. Em algum momento, evitamos algo e sentimos alívio, o que ensinou ao nosso corpo que evitar "funciona". Mas, na verdade, só reforça o ciclo da ansiedade.


E como a terapia pode ajudar?

Na terapia comportamental, trabalhamos para identificar esses gatilhos e entender como eles se manifestam em você. Você aprende a reconhecer os sinais do seu corpo, nomear suas emoções, desafiar pensamentos automáticos e desenvolver estratégias práticas para lidar com os momentos de crise.


Algumas técnicas que usamos incluem respiração diafragmática, treino de enfrentamento, exposição gradual a situações evitadas, reestruturação cognitiva e muito mais — sempre respeitando seu ritmo e suas necessidades.

Mas, como assim?

Imagine que você tem uma reunião importante e já acorda com o estômago embrulhado. Ao trazer isso para a sessão, analisamos juntos o que passa em seus pensamentos (“e se eu errar?”, “vão me julgar”), como seu corpo reage e o que você faz (evita, adia, sofre em silêncio). A partir disso, começamos a montar alternativas mais funcionais, passo a passo.


Você passa a entender o funcionamento da sua ansiedade, e mais do que isso, aprende a se posicionar diante dela com mais clareza, presença e gentileza consigo mesmo(a).


Que tal montar um pequeno “kit anti-ansiedade” para o seu dia a dia? Pode incluir:

  • Um exercício de respiração consciente de 3 minutos;

  • Uma frase âncora que te traga para o presente (ex: "posso lidar com isso, um passo por vez");

  • Um gesto físico de autorregulação (mãos no peito, alongamento breve);

  • Um lembrete: nem tudo o que você pensa é verdade.


Leve isso com você. No celular, num caderninho, onde for mais acessível.

Às vezes, um respiro basta para recomeçar.

Se a ansiedade tem feito parte da sua rotina de forma intensa ou frequente, talvez seja hora de olhar para isso com mais cuidado. A terapia é um espaço onde você não precisa fingir que está tudo bem — é onde você pode ser exatamente como está.

Se quiser conversar sobre isso, estou aqui.

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